Pedagogia 2 Semestre

Estudantes de pedagogia do segundo semestre... Somos nós: Aline Nascimento, e Maria Damasia, criamos este blog para podermos compartilhar tudo o que já aprendemos e o que ainda aprenderemos. Com o objetivo de oferecer um trabalho de qualidade não só para os estudantes da área, mais para as pessoas que se interessarem por nossos temas aqui postados... Esperamos poder agradar os nossos futuros leitores! Ate breve.

Cantinho da Pedagogia

segunda-feira, 10 de março de 2014

Resenha do Artigo de Tizuko Morchida Kishimoto: “Jogo, Brinquedo e Brincadeira”.


A importância do lúdico na vida da criança.

O artigo escrito por Kishimoto, Tizuko Morchida “Jogo, Brinquedo e Brincadeira” descreve as diferentes relações de compreensão entre si. Que apesar de ser considerado “sinônimo” pelo dicionário Aurélio da língua portuguesa possuem significados diferentes. Demonstra também as dificuldades de compreensão e definição que cada um representa.
As ideias principais do texto que aqui serão apresentadas são: As características do jogo, As diferenças do significado entre jogo, brinquedo e brincadeira e a importância do brinquedo, do brincar e do jogo no desenvolvimento da criança.
Kishimoto descreve o quanto é difícil definir o termo “jogo” devido a uma extensa variedade deles. Para nos ajudar a compreender melhor este termo, Kishimoto utiliza a expressão de Wittgenstein “Semelhanças de família” como referência. Os jogos possuem diferentes características, e são essas que as diferenciam entre si, mas todas elas possuem “semelhanças”, como por exemplo: em todo jogo há um ganhar e um perder, existem regras externas a serem seguidas, essas características que unifica e dá sentido a expressão de Wittgenstein que diz que “os jogos formam uma grande família”.
Para descrever melhor essas características, Kishimoto usa referencias como: Caillois (1967), Huizinga (1991), Henriot (1989), Fromberg (1987), e Christie (1991). Características estas citadas por ela:
                                             
                                  O prazer ou desprazer demonstrado pelo jogador, o caráter não-sério da ação, a  liberdade do jogo e sua separação dos fenômenos do cotidiano, a existência de regras (implícitas ou explicitas), o caráter fictício ou representativo, a limitação do jogo no tempo e no espaço, a liberdade de ação do jogador, a incerteza dos resultados, o caráter improdutivo de não criar nem bens nem riquezas, o caráter voluntário e episódico da ação lúdica. São tais características que permitem identificar os fenômenos que pertencem á grande família dos jogos.

O prazer ou desprazer seria a sensação sentida pelo jogador no ato, ele pode tanto sentir prazer por estar ganhando ou apenas por estar jogando, como sentir o desprazer de estar perdendo uma partida, por exemplo; o caráter não-sério seria o riso, a descontração demonstrada pelo jogador, quando estamos jogando nos esquecemos do mundo real, vivemos a fantasia do jogo, seguimos suas regras. Todos os tipos de jogos possuem regras, tanto implícitas como explicitas e o jogador de segui-las, do contrário o jogo perde seu sentido. Há também nele contido uma limitação de tempo e espaço, por exemplo: em uma partida de damas ou xadrez o jogador tem o seu tempo certo de jogar e o espaço permitido para mover as pedras, se não respeitada a sequencia do jogo é comprometida. A incerteza dos resultados onde nunca se sabe quem irá ganhar ou perder, ou qual será o lance dado pelo adversário. O caráter voluntário onde o jogador joga por sua livre e espontânea vontade, simplesmente pelo prazer lúdico de estar jogando. Essas características que diferencia o jogo do brinquedo e da brincadeira.
Já a brincadeira é livre, não possui regras externas, possui somente regras internas que a própria criança cria em seu ato de brincadeira. A brincadeira pode se tornar uma atividade diária pela criança e muitas vezes passarem por despercebidas e sem valor pelos adultos, mas é nessas brincadeiras que se tornam maneiras de aprendizados, pois é no brincar que as crianças se expressão, criam e observam as práticas do dia-a-dia.
Não podemos deixar de levar em consideração que a brincadeira é uma ação livre da criança, ela o faz pelo prazer lúdico que sente e de maneira alguma pode ser dirigira ou imposta por alguém se não perde o sentido do brincar e deixa de ser uma brincadeira, perdendo o seu valor. Brincar é não perceber o tempo passar, é sentir prazer e sensações extremas, é tentar conhecer o próprio limite, é sair da realidade e se entregar aos sentidos.
Segundo a definição de Beart (apud Campagne,1989,p.28), “o brinquedo é o suporte da brincadeira”, quer seja aquele confeccionado para tal, ou aquele concebido pela criança apenas com o objetivo do brincar (como por exemplo uma panela). O brinquedo é apenas um objeto com apenas uma finalidade: o brincar, e se isso não for concretizado, perde sua finalidade e deixa de ser um brinquedo. Como por exemplo: uma boneca que serve apenas como um objeto de decoração e não como um suporte para a brincadeira deixa de ser um brinquedo, pois não atingiu sua finalidade que é o brincar da criança.
Contudo, podemos concluir a tamanha importância dos jogos, brinquedos e brincadeiras na vida da criança, pois é através dessas ações que elas se desenvolvem não só na coordenação motora, como também desenvolvem sua mente, aprende a distinguir o faz de conta do real, colocam em práticas suas observações feitas do dia a dia em suas brincadeiras, aguçam sua curiosidade que as levam aos questionamentos e as pesquisas.
O lúdico na vida da criança é de suma importância, seja nos jogos que ajudam a desenvolver seu raciocínio, ou seja, no ato de brincar que as levam a um mundo imaginário inspirado no mundo real.

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